Se você usa internet no Brasil, sabe que a qualidade da navegação ainda deixa a desejar, certo? Principalmente o acesso móvel (por celulares e tablets), em que os usuários são limitados a um plano de franquia de dados — aquela quantia máxima de navegação que nos faz escolher bem quais aplicativos usamos quando estamos fora de uma rede Wi-Fi.
Segundo uma pesquisa feita pela empresa Akamai, o Brasil é o 9º país com a pior velocidade de internet banda larga no mundo. E isso se vê claramente nas constantes reclamações e insatisfação dos consumidores.
Apesar disso, mesmo com um serviço considerado ruim e caro, as maiores operadoras de internet (como Vivo, Net, Oi e TIM) tentaram, recentemente, mudar as regras atuais e limitar o acesso de dados em planos de internet fixa usando o sistema de franquia de dados — o que é proibido segundo o Marco Civil da Internet.
Esse fato chamou a atenção do público e gerou uma necessidade de informar as pessoas para reivindicarem seus direitos e não serem enganadas. Pensando nisso, resolvemos esclarecer aqui as principais dúvidas sobre planos de franquia de dados e as mudanças que estão acontecendo no mercado.
Continue lendo e confira!
O que é um plano de franquia de dados?
Primeiro, vamos entender o que é um plano de franquia de dados e como ele influencia na sua experiência de navegação. Grosso modo, trata-se de um plano de dados comprado por você ao contratar um pacote de internet de uma operadora.
Para celulares, normalmente, as opções oferecem um valor de dados limitado para um período específico, podendo ser diário, semanal ou mensal. Após o seu consumo, o usuário tem o acesso bloqueado, ou a velocidade de navegação reduzida, tendo de contratar um pacote adicional de dados.
Vale destacar que algumas operadoras já oferecem planos com dados ilimitados. Nesse caso, não importa o quanto você navega e consome de internet, sua navegação não será interrompida ou limitada.
Como os dados são consumidos?
Os dados são consumidos pelas aplicações usadas por você, como WhatsApp, Facebook, Instagram, Netflix ou diversos outros aplicativos e formas de acessar a internet.
Cada um deles necessita de uma quantidade mínima de dados para funcionar, por isso a indicação de usar aplicativos mais “pesados” apenas quando conectado a redes de Wi-Fi, para não comprometer a sua navegação. Dessa forma, seu plano de dados dura mais.
Qual é a diferença com os planos residenciais?
Os planos que usamos em nossas residências ou em outros locais, como no trabalho, são chamados de internet fixa, uma vez que são fixados em um único local.
Esse tipo de internet, normalmente, é comprado como um serviço restrito em velocidade de navegação, mas ilimitado em quantidade de dados. Dessa forma, os planos residenciais não têm franquia de dados como os planos de internet móvel.
O modelo mais utilizado de forma fixa é a banda larga, porém, existem outras opções. É o caso da internet via rádio e fibra ótica — opção que tem chamado a atenção do mercado devido à sua alta qualidade e velocidade de navegação.
Por que as operadoras querem limitar os planos de banda larga?
Como dissemos, em 2016 as maiores operadoras de internet (Oi, Vivo e Net) anunciaram a intenção de mudar a forma como oferecem planos fixos de banda larga, limitando o seu acesso assim como acontece com os planos móveis.
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que regula o setor, o ato era possível e totalmente de acordo com as normas. O motivo dado pelas operadoras é que o consumo de dados não seria suportado pela infraestrutura atual, sendo justo oferecer diferentes planos para diferentes tipos de consumidores.
A realidade, no entanto, é que, pela questão técnica, não há problemas em se manter o modelo de acesso ilimitado, uma vez que os dispositivos instalados em pontos fixos são configurados em velocidade de navegação, não em número de dados transacionados.
Rapidamente, o assunto entrou em discussão pela população, por órgãos relacionados — como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) — e no Senado Federal. Lá, o Projeto de Lei 174/2016, que proíbe a adoção de franquia limitada de dados nos planos de internet fixa no Brasil, foi aprovado, seguindo agora para a Câmara dos Deputados.
Esse resultado parece indicar que a mudança que as operadoras pretendem adotar não será autorizada, mantendo o direito dos internautas da internet fixa ilimitada. Entretanto, isso ainda não está totalmente garantido.
Como eu seria impactado com essa mudança?
O resultado de uma limitação de dados em planos fixos é a restrição do acesso à navegação, sendo necessário uma mudança na forma como consumimos os dados no dia a dia ou o aumento do valor pago para as operadoras.
Nesse novo modelo, ao finalizar o valor máximo de dados do seu pacote, o serviço de internet seria bloqueado, como acontece com o plano de internet móvel. Assim, seria necessário comprar um pacote adicional de dados para voltar a ter a navegação normal até o final do seu período de uso.
Vale lembrar, inclusive, que com um plano de dados limitado é praticamente impossível acessar serviços de streaming, como a Netflix, e sites de vídeos, como o YouTube. Para manter o uso desses aplicativos, seria necessário comprar um plano de dados muito grande para sua residência.
Fica evidente, enfim, que a mudança não seria funcional para os usuários de internet no Brasil. Principalmente porque o uso de serviços e aplicativos que precisam de um número grande de dados e alta velocidade de navegação é cada vez maior. Assim como o acesso à rede em geral.
Nesse novo cenário, seria inteligente buscar por provedores alternativos às maiores e mais tradicionais, uma vez que, além de oferecerem um serviço de baixa qualidade, elas estão buscando meios de aumentar os valores cobrados pelos seus serviços.
Uma boa opção é considerar operadoras locais, com planos inovadores, como a internet via fibra óptica, por exemplo.
Então, se você estiver procurando por um plano de franquia de dados que não seja limitado e morar na região do Lagos no Rio de Janeiro, entre em contato com a Intnet e conheça as opções que a empresa oferece!
