Quem vê os vários tipos de banda larga disponíveis até esquece como era difícil ter uma boa conexão. Você talvez nem lembre, mas houve uma época em que acessar à Internet era um verdadeiro teste de paciência.

A conexão era lenta e instável, restrita somente à opção da linha telefônica. Só que, quando a web estava em uso, ninguém podia fazer ligações. E, não bastasse manter a linha ocupada, você ainda gastava esse período como se estivesse, de fato, realizando uma chamada. O resultado, invariavelmente, era uma conta telefônica bem alta no final do mês.

Tudo mudou em meados dos anos 2000, quando os primeiros serviços de banda larga começaram a aparecer por aqui. De lá para cá, as alternativas se multiplicaram — mas você saberia dizer quais são os prós e os contras de cada uma delas?

Os tipos de banda larga

Na época da linha telefônica, nós basicamente acessávamos, pelo computador, páginas da web com muito texto e algumas imagens. Hoje, estamos o tempo todo de olho em nossos desktops, notebooks, tablets e smartphones — e essa lista ainda vai longe, pois o número de dispositivos conectados não para de crescer.

Os sites simples deram lugar a redes sociais cheias de fotos e vídeos em alta resolução. Todo mundo quer ver os vídeos mais comentados do YouTube e as séries da Netflix. Com tudo isso, a demanda por velocidade simplesmente explodiu.

Ainda bem que temos no mercado vários tipos de banda larga à nossa disposição. Todas elas apresentam suas próprias características, assim como vantagens e desvantagens. A seguir, listamos as principais disponíveis.

Linha digital (DSL)

A conexão DSL (de Digital Subscriber Line, ou linha digital para assinantes) foi a primeira opção de banda larga que surgiu no país. Ainda hoje é muito popular e sua principal característica é que ela precisa de uma linha telefônica para funcionar, já que utiliza a estrutura da rede de telefonia.

Ao contrário da Internet discada, a linha digital permite ao usuário navegar ao mesmo tempo em que usa o telefone, pois dispõe de um roteador específico. Costuma ser uma opção mais econômica, não oferecendo grandes velocidades — ainda que versões mais modernas dessa tecnologia já sejam capazes de atingir até 100 Mbps.

Apesar de sua largura de banda variar pouco, essa conexão é bastante suscetível a interferências, e a velocidade de upload é bem limitada.

Internet via rádio

A grande vantagem da Internet via rádio é que tudo funciona sem fios: o sinal vem de antenas instaladas em locais como o topo dos edifícios. Só que esse sinal é bastante sensível — qualquer barreira física pode atrapalhar consideravelmente o seu desempenho.

Como precisa de um receptor alto, essa conexão é mais usada em grandes condomínios, que depois a distribui entre os moradores via rede convencional (não é necessário um roteador específico).

Pode atingir grandes velocidades, mas o seu desempenho no download de torrents, por exemplo, é medíocre. Fora isso, o seu sinal fica bastante comprometido em dias de chuva.

Internet móvel

A Internet móvel nunca foi grande coisa até o surgimento da tecnologia 3G. De lá para cá, houve a chegada das conexões 4G, e quem busca por velocidade passou a contar com mais uma ótima opção.

Assim como a Internet via rádio, a conexão móvel funciona completamente sem fios. Sua disponibilidade, entretanto, vai sempre depender de um bom sinal de celular.

Qualquer dispositivo móvel com a tecnologia embutida já está pronto para receber o sinal, mas também é possível distribuir a conexão para aparelhos wi-fi, usando um roteador específico.

A grande desvantagem dessa tecnologia é o custo, que costuma ser alto: é bastante comum as operadoras restringirem a franquia de dados. Dessa forma, quanto mais você consome, mais caro fica o serviço.

Internet via cabo

O funcionamento da conexão via cabo é bastante parecido com a DSL — a diferença é que, em vez da linha telefônica, aqui se usa a estrutura do cabeamento de rede — o cabo UTP. É uma das conexões mais comuns disponíveis no mercado.

Essa tecnologia permite velocidades de conexão bastante altas e é ótima para o uso de torrents e similares, já que a sua taxa de upload é muito boa. Mas, como nem tudo é perfeito, sua performance depende da quantidade de assinantes existentes no terminal.

Como a tecnologia faz uso de switches cascateados entre o provedor e o assinante, a capacidade de tráfego de cada switch é limitada a 100 Mbps e a apenas 6 clientes por equipamento. Logo, dependendo do plano contratado, o equipamento pode chegar em sua carga máxima e provocar lentidão ou perdas constantes de sinal.

Outro ponto negativo dessa tecnologia é que os switches de distribuição dependem da energia elétrica dos postes. Com isso, se houver qualquer problema na rede, você simplesmente pode ficar sem conexão.

Fibra óptica

Para quem busca as maiores velocidades e mais estabilidade na conexão, a fibra óptica é, de longe, a melhor opção disponível no mercado. Ela usa pulsos de luz que viajam por um pequeno fio protegido, sendo capaz de atingir velocidades na casa dos gigabits por segundo!

Além de ter uma transmissão de dados muito mais consistente, a fibra óptica também apresenta menor latência, um sinal bem mais potente, e é imune a interferências eletromagnéticas.

Seus tipos mais comuns são o FTTH (Fiber To The Home, ou “fibra para o lar”) e o FTTC (Fiber To The Curb, ou “fibra para o poste”). No primeiro, o conversor fica dentro da casa do assinante, enquanto, no segundo, a fibra chega até um switch no poste, onde há a distribuição para os assinantes via cabo de par trançado.

Internet via satélite

Essa é uma opção viável somente para aqueles que vivem em regiões muito afastadas, que não têm acesso à Internet pelos meios mais convencionais — e o motivo é muito simples: seu custo é alto, e a velocidade não é lá essas coisas.

O sinal via satélite abrange todo o território nacional, mas precisa de uma antena potente para recebê-lo. Além de essa aparelhagem não ser barata, a mensalidade também costuma ser salgada — e a velocidade, quando muito, atinge meros 1 Mbps, o que pode ser insuficiente para consumir vídeos on-line de modo satisfatório.

Viu só? Tipos de banda larga não faltam. Agora, cabe a você escolher aquele que melhor atende às suas necessidades. Se estiver a fim de receber mais informações sobre como melhorar a qualidade da sua conexão, curta a página da Intnet no Facebook e receba primeiro todas as novidades.